Para aqueles que querem trabalhar (ou já trabalham) com crianças do espectro, o primeiro passo a ser dado para que a intervenção tenha sucesso é se associar a estímulos agradáveis e considerados reforçadores: brincadeiras, comidas, desenhos e brinquedos favoritos. Pode até parecer óbvio, mas muitas vezes esse passo é esquecido em detrimento do “procedimento” que deve ser adotado. Sem essa associação inicial, a criança terá pouco interesse no terapeuta (professor) e na atividade.
Mesmo quando o professor já possui um vínculo com a criança, o ideal é que se façam avaliações diárias da preferência. Nessas avaliações, se coloca dois ou mais estímulos disponíveis (brinquedos, comidas, desenhos, etc) e identificamos aquele(s) mais potentes para usar no ensino. Essa identificação ocorre na maioria das vezes, observando quais objetos a criança tenta pegar primeiro. Não adianta você querer usar o mesmo reforçador todo dia, a preferência da criança pode variar, e também a sua efetividade enquanto professor.
Algumas vezes, será necessário apresentar brinquedos e ensinar a criança a usar aqueles objetos para que ela tenha interesse por eles. Por exemplo, crianças do espectro costumam adorar brincar com IPADs, mas na primeira vez que você apresentar esse equipamento, ela provavelmente não saberá como funciona e não tentará pegá-lo. Use uma parte do tempo que você passa com a criança para apresentar novos objetos, comidas e desenhos.
Por fim, não adianta apresentar estímulos reforçadores preferidos a criança indiscriminadamente, ou seja, independente do comportamento dela. Por exemplo, se a criança recebe um brinquedo, mas você não pede para que ela olhe no seu olho, ela pode simplesmente nem notar a sua presença. Os reforçadores devem ser acessados pela criança durante interações de olhar, brincadeiras ou atividades junto ao professor.
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